quarta-feira, 29 de abril de 2009

Ou isto ou aquilo

Ou se tem chuva e não se tem sol
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa estar
ao mesmo tempo nos dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo, ou isto ou aquilo...
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Palhaço Nota 7 - Ou Caso X

Mais um e-mail trocado com as amigas.
Dessa vez contando de uma outra balada em que encontrei o X, ou nota 7, tanto faz ...

De: "Fernanda"
Para: "C**** F*****" <*************@hotmail.com>, "R****** P****** P*****" <**********@yahoo.com.br>, "L**** <**************@hotmail.com>

Oi meninas!!!!

Então, pra poder contar a todas de uma vez e não ter que esperar a próxima bebedeira relatarei abaixo os acontecimentos da noite de ontem, bem como um ato meu impensado hoje ahahahahhahh:

Depois de rodar muito pra encontrar a balada e fazer o cara do estacionamento me acompanhar até a porta do local porque eu ainda não estava vendo onde era, adentrei a balada que estava boa, mas abarrotada de gente. Confesso que rolou uma certa claustro, mas ok depois passou.

Vi um mar de gente em minha frente e repirei fundo pra mergulhar e encontrar meus amigos. Bom, como Murphy é meu amigo e camarada, no meio da pista da banda (porque tinham duas pistas) eu dou de cara com o X, quer dizer, dou de nuca porque ele estava de costas. Eu só não sai correndo porque não dava. Olhei em volta dele em questão de segundos e não vi nenhum dos meninos. Então segui reto e fui pra um espaço externo onde já entrei em território amigável porque vi todo mundo.

Dei aquele oi de bebada que sai trançando perna, o R**** me zuabdo até não poder mais quando o P**** me vem com uma dose de vodca pra eu tomar ... não ia fazer desfeita com o aniversariante não é mesmo? Tomei! Uhu! Bom, eu discretamente perguntei quem mais estava na balada, até um deles (meu, sério mesmo não lembro quem me falou o que) disse que não tinha mais ninguém além deles ali e mais o X, que já estava na balada e ninguém sabia. Isso mesmo, ele estava ali por um acaso, ou porque o diretor do Show de Trumam que eu vivo queria colocar um pouco mais de agito na programação da noite de sábado e aumentar o Ibope, só pode ser isso.

Nesse meio tempo Xandão chegou na nossa roda.Veio todo cheio de mão me encoxando pra dar oi com direito a sussurro no ouvido. Entrei na brincadeira, sorri, mas ao mesmo tempo não tive coragem de fazer nada, o que me levou diretamente ao bar pra pedir mais uma dose de vodca.

Constatação da noite: Se eu arrumar um namorado terei que viver bebada, porque sóbria eu sou uma cagona.

Voltando ...

Passei a noite mostrando o quanto eu estava feliz, bem resolvida, amada, alegre, que eu era cheia de amigos, que eu tinha força nos joelhos pra descer até o chão, que minha cintura tem molejo de tanto que rebolei e mesmo assim ele não fez mais nada. Ai achei melhor não dizer mais nada do que tinha pensado.

Enfim, por volta de 4h de la mañana eu decidi ir embora, mas era uma fila que desestimulava qualquer ser humano. Acabei me jogando na pista da banda novamente, e de repente, entre uma pirueta e outra eu vejo o X em minha frente e não me aguentei, segue o diálogo:

Eu: "ME DIZ UMA COISA, COMO EU FAÇO PRA CONSEGUIR PONTO POSITIVO?"

X: "FÊ, VOCÊ SE SUPERA, VOCÊ ME SURPREENDE AHAHAHAHA ..."

Eu: "AH É?! AHAHAHA" (os risos eram sem graça)

X: "VOCÊ É MUITO CRIATIVA!! AHAHAHAH"

Ok, mas e a resposta não é mesmo? Entrei mais um pouco no jogo dele, disse que eu era criativa mesmo, rimos, nos abraçamos, brincamos mais com isso até que ...

Eu: "MAS QUAL A RESPOSTA MESMO? COMO EU FAÇO PRA GANHAR PONTO POSITIVO?"

X: "AI FÊ, VOCÊ ME DEIXA TRAVADO, EU NUNCA SEI O QUE DIZER."

Eu: "OK EU JÁ ENTENDI. JÁ SEI O QUE ISSO SIGNIFICA"

X: "NÃO. CALMA, MAS EU NÃO DISSE NADA. ESTOU SEM GRAÇA."

Eu: "TUDO BEM, EU JÁ ENTENDI"

X: "NÃO, MAS EU NEM DISSE NADA ..."

Eu: "OK X, OLHA LÁ NA FÓRMULA 1, O MASSA ACABA DE ABANDONAR A PROVA" (Estava passando a corrida no telão)

Sai de perto dele e deixei ele com cara de cu, e claro que no fundo eu estava com cara de cu, mas eu tenho uma capacidade de aletrar as feições que nem eu mesma acredito. Mais tarde fui embora e nem vi pra que lado ele estava. Mas sei que ele ainda estava lá.

Bom, resumindo, como eu disse na mensagem, a balada foi bem bacana, me diverti, dancei, cantei, vale bem a apena ir lá, mas ele, bom, ele foi um merda! Mas como eu sou uma pessoa que não se controla, há pouco entrei no orkut e coçando daqui, coçando dali, eu acessei a página dele, acessei os recados e quando eu vi escrevi e postei:

"Recebi um recado da diretoria.
Você está de recuperação! Vai precisar estudar hein?! Se quiser é claro.
Já eu passei direto. Tinha 7 e ainda ganhei uns potinhos positivos pela criatividade, foi muito fácil. Ahahhahahah
Beijos"

Acho que eu sou louca! Obrigada!

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Palhaço Nota 7 - A razão do nome

Segue e-mail trocado com uma amiga, explicando o fato que originou o nome Nota 7 pra esse palhaço:

De: "Fernanda" f***************@yahoo.com.br
Para: "C**** F*****" *************@@hotmail.com

C******, eu vou lhe contar a minha saga do final de semana ...

No sábado, sai do shopping e dei uma passada pela Vila Madalena, na porta da balada, não sei ao certo o que ia fazer, mas passei o caminho todo inventando formas do universo me dizer se eu deveria ou não entrar naquela balada, porque, como sempre, eu estava bem confusa.

Primeiro disse que se eu achasse vaga na porta eu deveria entrar. Passei e vi a vaga na porta, mas estava do outro lado, então, até eu dar a volta não existia mais a vaga. Achei que isso era sinal pra eu ir embora. Então pensei que se visse algum conhecido na porta eu entraria, mas não vi ninguém, então tomei o rumo de casa.

Já fora da Vila Madalena, eu decidi que eu queria ir na baladinha, mas no fundo tinha medo de me chatear e por isso ficava colocando condições pra entrar. Então lembrei do que a terapeuta disse, que eu sempre acabo tomando as decisões, mesmo quando acho que não, e que devo aceitá-las. Eu vi que se eu realmente não quisesse ir eu nem teria perdido tempo passando na porta.

Pronto, adimiti isso pra mim e tomei rumo em direção a Rua Inácio Pereira da Rocha. Chegando lá eu me dei conta que meu medo na verdade estava diretamente ligado ao X (nome anterior ao ocorrido que relato aqui), porque eu sabia que ele estaria lá. Fiquei pensando em como seria vê-lo. E se ele estivesse ficando com alguém? E se esse alguém fosse alguma conhecida minha? E se nesse meio tempo ele tivesse começado a namorar? E se ele nem ligasse pra minha presença? E se ele não quisesse ficar comigo? Você sabe como eu sou né?! Fico sempre querendo que os caras fiquem afim de mim mesmo quando eu sei que eles não são os caras que eu quero do meu lado.

Respirei fundo e entrei. Só então me dei conta de que eu estava sozinha e me vi naquela situação que odeio de ficar com cara de idiota procurando as pessoas. Senti medo de não ser bem recebida pelos meus amigos. Fiquei um tempo sem saber como me comportar quando vi o H****** passando e decidi seguí-lo pra encontrar todo mundo. Dito e feito. Ele parou e eu dei de cara com (nessa ordem): P***, X, R**** e M****.

Cumprimentei a todos e eles foram super receptivos. Bom, o X foi muito simpático, me abraçou, perguntou como eu estava, alisou meus cabelos, todo aquele nhe nhe nhe de caras com o tipinho dele, tipinho xavequeiro que quer a atenção de todas (sim agora é isso que eu penso dele).

Subi no mesanino, encontrei as respectivas de cada um e a J***, que resgatava ursinhos comigo no sítio. Bom, eu estava decidida a não beber quando ela veio correndo na minha direção gritando que comprou ursinhos pra mim. Sim, ela trouxe um pacote daquelas balas pra nos divertirmos aquela noite. Ela disse que estava triste achando que eu não ia, mas já que eu cheguei a gente tinha que comemorar salvando ursinhos.

Bom, com toda aquela situação, a minha cabeça girando, o medo batendo no peito, a vontade de ser querida pelos meus amigos com o medo da rejeição e claro, no fundo a vontade de ficar com o X, eu pedi uma vodca com guaraná e caguei pro meu remédio. Rapidamente meu copo secou e tive que pedir mais uma dose. Confesso que eu não fiquei tão alterada, mais alegrinha sim, mais feliz, mas não alterada e nem do tipo bêbada.

Notei que os meninos não conhecem alguns lados meus, e confesso que gostei disso. Depois eles levaram tudo numa boa e eu aproveitava pra de alguma forma chamar atenção do X dançando até o chão.

Sempre que nossos olhos se cruzavam ele sorria. Mas isso não me satisfazia. Ai você sabe como é né?! Eu pensei, pensei, e fui na direção dele que estava sentado, como se fosse pegar minha bolsa. Cheguei por trás dele, peguei o copo de wisky, deim um gole do tamanho do mundo e fui direto ao ouvido: "DE ZERO A DEZ, QUAL A CHANCE DE GANHAR UM BEIJO SEU ESSA NOITE?".

Sim, eu perguntei isso! Ccom aquele ar de goxtosa (goxtosa com X é quando eu estou bêbada) que apenas a vodca me dá. Olhei bem dentro dos olhos dele enquanto ele gaguejava pra dizer que aquela pergunta deixava ele travado e que ele não tinha o que responder. Ai que ódio! Cuzão! Gente, essa resposta é tão simples quanto sim e não. Se quisesse me beijar bastava dizer 10, se não quisesse dizia 0, tão simples quanto isso. Mas não, ele curte fazer um charme. Perguntei de novo, então ele sorriu, me puxou pela cintura e disse no meu ouvido: "SETE".

Porra, sete? Sete? E ele ainda faz firula pra dizer sete? Precisa pegar minha cintura e vim falar no meu ouvido se a nota é sete? Ele não parou por ai, ainda perguntou se era uma nota boa. Eu, como uma bêbada carente, ao invés de sair e deixar ele falando sozinho, dei trela e disse que sete, na minha escola era média pra passar de ano, não era tão ruim, mas não era nada de mais, até que ele responde: "MAS NA MINHA ESCOLA A MÉDIA É 5, ENTÃO AS CHANCES ESTÃO ACIMA DA MÉDIA", piscou e sorriu como se fosse muito sedutor o que ele tinha acabado de me dizer.

Quis me bater. Me chicotear. Me esfolar e me deixar ajoelhada no milho pra aprender a não ser mais tão idiota. Por que eu fiz isso comigo? Mas o mais engraçado é que naquele momento isso não me abalou. Eu desci, dancei mais, me diverti mesmo. Até que eu me dei conta de que ele não estava com a gente e quando olhei vi que ele estava com o P*** conversando com umas meninas que naquela noite deveriam ter uma nota maior do que 7 na escala dele de chances de beijo na boca. Nesse momento eu fiquei puta, porque me dei conta que ele disse uma nota média pra me manter por perto caso ele não pegasse ninguém.

Dei tchau pra galera. Nada de mais. Claro que eu tive vontade de falar alguma coisa que pudesse me fazer sair por cima naquela história e fazer ele se sentir um bosta. Eu poderia fazer isso, tinha muitas coisas em minha mente pra acabar com ele, mas achei melhor não. Tentei assim quebrar um pouco esse meu comportamento de querer ser a melhor. Eu procurei por aquela resposta. Eu não deveria ter falado nada, mas falei, então, eu ainda sairia como louca se tentasse falar alguma coisa.

Olha, achei que ia ficar mau. No caminho até o carro eu pensei no que aconteceu e me senti meio como a última mulher. Comecei a trocar idéia com a tia que olhava meu carro, meu ela é muito bacana, sério mesmo. Ela disse uma coisa muito certa. Ela disse que eu não devo ir atrás dele. Se não é ele o cara que eu quero, não devo gastar minhas energias com ele e nem deixar que coisas como essa acabem com a minha auto estima. Meu e não é que ela está certa? Mas como ela também é mulher e tem orgulho, ela me aconselhou a me manter distante, e da próxima vez que vê-lo, ela disse que eu devo tratar ele como qualquer outro cara, e me mostrar muito feliz, mas ela disse que essa felicidade tem que ser verdadeira.

Olha, eu curti falar com ela viu?! Quando eu for na Vila de novo eu vou estacionar o carro naquela rua porque ela é bem gente boa.

Bom animal, era isso que eu precisava contar. Ufa! Sei que me empolguei na escrita, mas eu realmente precisava escrever tudo o que aconteceu.

Beijos,

Fernanda

terça-feira, 7 de abril de 2009

Palhaço Nota 7 - Introdução

Conheci o Nota 7 há alguns anos, por intermédio do meu amigo N, antes de uma viagem pro Guarujá. Confesso que mesmo com minhas amigas dizendo que o Palhaço era a minha cara, eu achei ele meio bobo. A viagem foi bem normal, ele até ficou com uma amiga minha e eu achei bem engraçado.

Durante os 3 anos que passaram, sai de balada com ele por diversas vezes. Ele era engraçadinho mas nunca dei muita trela, acho que ainda persistia a idéia dele ser bobo.

Enfim, no início deste ano foi aniversário de N e fomos para o sítio de outro amigo comemorar. Chegamos às 15h do sábado e já abrimos uma garrafa de wisky. Entrei no clima dos meninos e fui embora nos destilados durante todo o dia. Em um certo momento, encasquetei que queria "pegar" o R, que é meu amigo há mais de 20 anos, ou seja, idéia surreal.

Depois de mais alguns copos eu racionalizei e vi que realmente beijar o R não teria o menor sentido, e nesse mesmo instante Nota 7 (que nesse momento eu ainda chamaria de Palhaço X) sentou na minha frente e eu apoiei os pés no colo dele e um estalo se deu em minha mente: "O X até que é bem bonitinho hein?!".

Fiquei chegia de graça e ele correspondeu.

Passamos o restante da noite de teretete e quando notamos estávamos apenas nós dois acordados. Enfim, acabou rolando de ficarmos e passarmos a noite juntos, até porque o sítio era pequeno e não tinha mais local pra dormir e tivemos que nos contentar com o colchão inflável dele.

Depois desse final de semana eu não o tinha visto mais. Sabia que não teríamos muito contato porque já não tínhamos antes e naquele final de semana um tirou a carência do outro e pronto. Bom, pelo menos era isso que eu tinha em minha mente até que o vi nas últimas duas semanas ... e descobri um outro lado dele, o de Palhaço mesmo. E foi no primeiro final de semana que eu o vi depois que ficamos, que ele foi rebatizado de Nota 7, mas essa história eu conto depois.