quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Palhaço Azul Marinho - O Encontro

E então, o inevitável dia chegou e nos encontramos. Com tudo isso, quem está lendo deve estar pensando que, no mínimo, ele passou em casa e fomos comer em um fast food de shopping. Pois é, mas ele SE superou, eu ME superei. Nosso primeiro encontro foi em um POSTO DE GASOLINA!!! Isso mesmo que você leu e eu me recuso a escrever novamente.
Saio do trabalho com a certeza de que o veria aquele dia e assim que eu cheguei em casa ele me liga dizendo que não poderia sair porque ia pra praia com a família, mas que queria muito me ver, mesmo que por 5 minutos.
Claro que eu disse que também queria vê-lo e em um lampejo de idiotice eu aceitei encontrá-lo no local citado acima que fica no meio do caminho de nossa casa.

(Eu custo acreditar que eu fui numa boa, não me reconheço nesse momento).

Quando o vi ele já veio me abraçando forte, aquele olho no olho e eu lembrando que o doido disse que queria me beijar ... até que ele ... disse isso novamente. Dei aquela afastada básica pra fazer um doce e tentar conhecer ele um pouco mais, mas não deu muito certo, cada pergunta que eu fazia, antes dele responder ele tentava me beijar. Por fim seu objetivo foi alcançado! Beijei e não foi nada de tão maravilhoso, acho até que pelo contrário.
Como já deveria esperar, mas não esperava, ele veio com o papinho:

"Vamos pra algum lugar mais tranquilo, só nós dois?"

Fiquei puta! Por um instante a luz da serenidade iluminou minha cabeça e acabei questionando ele, afinal, se ele ia viajar, se não tinha tempo de ir em nenhum lugar, nem mesmo passar na minha casa, como ele arranjaria tempo pra ME CONHECER MELHOR?
Rolou aquele climão. Ele pediu desculpas, disse que eu estava certa e que ele estava agindo sem pensar, porque realmente estava de saida pra viajar.

(O que ele estava achando? Que ia rolar uma rapidinha pré viagem em qq rua escura ao lado do posto?)

Me despedi dele e fui embora ainda meio brava com tudo isso. Ele foi pra praia. Ficamos alguns dias sem contato até que ele voltou a se comunicar e explicar o porquê da distância, eu nem lembro o que era, mas era qualquer coisa como "estava lotado de trabalho esses dias".Fiquei de boa. Nem fá, nem fú. Mas ele foi voltando com toda força. Mandava e-mail, ficava o dia todo puxando assunto no msn e sempre muito solicito. Continuamos naquele papinho besta do VAMOS NOS VER sem nunca conseguir combinar nada.
Porém um dia estava na casa de uma produtora lá da agência, fazendo um happy hour com o pessoal e quando estava indo embora, já um tanto altinha, me liguei que estava no mesmo bairro da casa dele, claro que eu peguei o celular no mesmo minuto e liguei. Sem nem titubiar ele me chamou pra ir na casa dele. Como eu sei que ele mora com os pais achei até fofa a reação dele, não que fosse me apresentar a familia, mas ficaria comigo no hall do prédio sem medo que os pais vissem ele. Rá! Mas eu não deveria me surpreender ao chegar lá e saber que os pais dele estavam viajando. Ele desceu pra me buscar no carro, me deu um beijo doce, me mostrou a casa dele, um cavalheiro, até que perdeu a linha e caiu pra cima com todas as intenções do mundo.
O que rolou fica por conta de cada um ... mas posso afirmar que nada ali me faria voltar no tempo e nem querer que as coisas acontecessem da mesma forma em outro momento.
Depois desse dia eu resolvi afastar um pouco. Ainda falava com ele no msn, mas deixei de fazer planos, de marcar encontros e de dar esperança de alguma coisa, mas acho que de alguma forma isso mexeu com ele, porque ai passou a me ligar.
Ligou um dia e conversamos, ligou outro dia e tudo bem, até que no terceiro me ligou a cobrar.

SIM ELE ME LIGOU A COBRAR!

Atendi porque sei lá, ele poderia estar morrendo, precisando de ajuda. Mas assim que perguntei se ele estava bem e ele disse que sim, mas que estava com saudade, eu não tive dúvidas:

"Então vai colocar crédito nesse celular ... só assim você pode ser digno de sentir saudade de mim. Cara de pau!"

Tum - tum - tum - tum

Houve mais uma tentativa de ligação, mas quando ouvi a musiquinha da ligação a cobrar desliguei sem nem dar tempo dele falar alguma coisa. É muita folga não?
Depois disso?
Bom, depois disso continuamos a nos falar exporadicamente pelo msn, sem ligações, sem e-mails e sem encontros. Acho que nós dois nos usávamos para suprir carência.

[2 anos depois]

Um dia, com o saco na lua eu resolvi que não falaria mais com ele. Chega uma hora que essa punhetação irrita. Sumi. Mas ele insistia em aparecer do nada por e-mail, por que a essa altura eu já havia deletado ele do msn, do orkut e apagado o celular dele do meu celular.

(Parênteses para o Celular - Eu resolvi apagar o telefone dele no mesmo dia que apaguei de alguns outros caras, em um momento "limpando o lixo masculino de minha vida". O interessante nesse caso é que todos que eu apaguei, de alguma forma sentiram a vibração do delete e me mandaram mensagens com seus novos números de telefones. É sério! Aconteceu com mais de um cara. Eu vivo ou não em um Show de Truman?)

Voltando ao Azul Marinho ...

Com ele não foi diferente. Nem uma semana após o sim na pergunta DESEJA APAGAR ESSE NÚMERO?, ele me manda um e-mail com seu novo celular e seu nextel. DE-LE-TEI no mesmo minuto e senti orgulho de mim.
Fui ignorando alguns e-mails até que em um dia de carência respondi a um dos 1438 e-mails de "Oi tudo bem?" que ele mandava dia sim outro também. E isso bastou. Bastou para que voltássemos a programar um encontro. Que aconteceu, mas esse eu conto depois.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nooooooooossa, fala sério hein, esse povo maluco, num tem nem ombridade de pelo menos marcar um lugar descente, de bater um papo legal, já quer logo ir agarrando odeio este tipo de macho sem noção. Pior de tudo ligar a cobrar, fala sério, ligasse pelo menos de um orelhão, sinceramente não entendo este tipinho de gente acomodada e sem vergonha na cara, ele é muito cara de pau.