domingo, 12 de julho de 2009

Minha Vida é Uma Piada - O cara do Frete

Tem coisas nessa vida que só acontecem comigo mesmo.
Só por Deus ...
Fiquei com uma grande dúvida, esse texto deve ir para Minha Vida é Uma Piada ou Palhaços da Minha Vida? Pensei ... pensei ... e achei que sem dúvida essa é mais uma piada que minha vida me conta.


Novembro de 2008, fui no aniversário da Vanessa, namorada do meu amigo-irmão Ricardo. Não fiquei muito tempo por lá e o tempo que fiquei estava cansada, tinha acabado de sair de um casamento.

Bom, saindo da baladinha paramos no MC pra comer. Estava eu, Ri, Vanessa, e mais alguns amigos dela. O tempo que tive com esses amigos dela, foi o tempo de um lanche, nada mais do que 30 minutos chutando muito alto.

Até ai tudo ok!

Alguns meses depois, pra ser um pouco mais exata, 6 meses depois, recebo uma ligação da Vanessa me chamando pra um Happy Hour com ela e os amigos do trabalho. Não podia ir pois ia encontrar com umas amigas. Achei que isso bastava, mas não, a Van ligou mais umas duas vezes e mandou mensagem de texto querendo que eu fosse até o bar onde eles estavam. Não fui.

Estava voltando pra casa quando o Ricardo me liga rindo até não poder mais e me disse o porquê de tantas ligações por parte da Vanessa. Segundo ele, um dos amigos dela, que estava no MC, se interessou por mim e queria muito que eu fosse lá no happy pra conversar comigo e ver se rolava alguma coisa.

Nesse momento, eu faço um esforço e puxo pela memória quem seria essa pessoa. Tic tac tic tac. Lembrei! E o sorriso sumiu do meu rosto no meso minuto. O Ri começou a brincar comigo perguntar se rolava alguma coisa. Fui categorica e disse que não. Achei que o assunto morreria por ai. Mas não ... porque como diria uma amiga minha "O pior não tem limite".

Passada algumas semanas, encontro com a Van e o Ri e eles me contam que o cara quer meu telefone. Fiquei feliz porque eles tiveram o senso de não dar meu número sem a minha autorização e estava dizendo não com firmeza, até que o Ricardo usou de seus argumentos apelativos e me convenceu de que não era mau dar meu telefone a ele.

(Quais foram os argumentos? Frases do tipo: "Nossa Fê, é só um número de telefone" ; "Não custa nada dar o telefone pra ele" ; "Se permita" ; "Depois você reclama que ninguém quer nada com você")

Um mês depois dessa autorização, estou terminando um evento, em Campinas, colocando as coisas na Van, me despedindo das pessoas, quando toca meu telefone e não identifico o número que a bina apresenta. Atendo imaginando que seja algo de trabalho quando o diálogo abaixo segue:

Eu: Alô?

A voz: Fernanda?

Eu: Isso. Quem está falando?

A voz: Oi Fernanda. Você não vai saber quem é.

Meu pensamento: Se eu não vou saber quem é você, se identifica Porra!

Eu: Quem está falando? (Já com tom de mau humor na voz)

A voz: Você não vai saber quem sou eu. Nos falamos apenas uma vez.

Eu: Então, se eu não vou saber quem é, poupa meu tempo e me diz que é você.

A voz: É o J. Tudo bom?

Eu: J? Que J?

J: Amigo do Ricardo e da Vanessa

Meu pensamento: Poutaqueparillll. Não acredito que esse cara me ligou, ainda mais nesse momento. Ninguém merece.

Eu: Oi, tudo bom?

J: Tudo. A Vanessa disse que você deixou ela me dar seu telefone né? Desculpa eu ter demorado pra te ligar, mas eu estava esperando a hora certa. Você está ocupada?

Eu: Olha, você esperou a hora certa, mas acabou ligando na errada. Estou terminando um evento em Campinas. (Já totalmente arrependida por ter deixado ela dar meu telefone pra ele e pensando qual seria a melhor forma de matar o Ricardo por ter me convencido a fazer aquilo)

J: Ah, desculpa! É que eu pensei que como é sexta você já estivesse tranquila. Mas eu liguei pra saber se você estava bem e dizer que a Vanessa me deu seu telefone.

Meu pensamento: Jura? Mentira? Ela deu mesmo? Nossa ...

J: Entao, eu queria saber se eu posso continuar te ligando. Num sei né, de repente você tem alguém que pode não gostar que eu te ligue. Você tem alguém que não vai gostar se eu te ligar? Porque se tiver não tem problema, eu quero te ligar, mas se eu não puder tudo bem.

Nesse momento eu já me desliguei da conversa. Continuei colocando as coisas na Van. dei tchau pro pessoa. Entrei no carro e até interagi com a brincadeira do pessoal quando eu me dei conta que ele tinha que responder algo pra ele, nem que fosse por mera função fática. Mas percebi que se eu tivesse desligado o telefone ele não teria se dado conta, pois ele continuava em seu monólogo:

J: Eu soube que vai ter aniversário de um amigo de vocês amanhã e o Ricardou falou pra eu ir, estou pensando em ir, ai a gente pode se ver, conversar e se conhecer melhor né? Você sabe onde é? Porque o Ricardo me disse mas eu não lembro. Que horas você vai pra lá? É amigo de vocês né?

Meu pensamento: Senhor! Cale a boca desse rapaz!!!

Eu: É aniversário de um amigo meu sim, não lembro o local e nem o horário, estou sem acesso à internet agora pois estou na estrada (leia: estou ocupada demais pra esse papo besta).

J: Ah tá! Mas eu vou ligar pro Ricardo e ver tudo com ele. Ai se eu for eu te ligo tá? Posso te ligar né? Ai a gente combina de se encontrar lá.

Eu: Tá. (Já sem forças)

Ele disse mais alguma coisa e nem sei bem como ele desligou. Já estava praticamente em São Paulo (tá ... um certo exagero mas ele demorou muito).

A festa chegou e ele não apareceu! Fiquei ainda mais feliz, mesmo tendo sido a festa em que descpbri que o Palhaço 7 estava namorando ... sim, gente, o palhaço 7 está namorando. É o que eu digo: "O pior não tem limite".

Achei que ele ia se ligar e sumir, mas não, no domingo ele me liga pra se desculpar por não ter ido. Não prestei atenção na desculpa que ele deu, só queria desligar aquele telefone. Ele perguntou com o que eu trabalhava, me fez descrever o que eu faço pra ele poder entender, até que eu achei que no mínimo eu deveria retribuir e perguntar com o que ele trabalhava.

Maldita hora ...

Eu: E você, trabalha com o que?

J: Eu trabalho no meio da pirataria

Que? Como assim? Já imaginei ele sentado em um qurto de 2x2m reproduzindo DVD's piratas. Entrei em pânico. Respirei fundo e perguntei: Como?

J: É que eu tenho uma kombi e faço frete pras lojas da 25 de março, fico lá trabalhando no meio da pirataria.

E riu como se a piada tivesse algum tipo de graça.

Fiquei chocada e decidi que não falaria mais com ele. Recebi uma mensagem de texto onde ele dizia que adorva falar comigo. Senti um frio na espinha, porque estava claro que ele estava afim de mim e que o próximo passo seria me chamar pra sair.

A semana passou e ele foi me ligar na véspera do feriado, ou seja, um dia antes do dia dos namorados. Congelei. Atendi o telefone com medo do que ele poderia dizer, mas nem no meu pior pesadelo eu pensei que ele seria capaz de dizer o que disse. Depois de um pouco de papo:

J: Então, eu pensei que a gente podia combinar alguma coisa né? Pra poder sair, conversar. Sei lá, um almoço.

Almoço? Almoço? Poutaqueparilll quem convida alguém pra almoçar? Já me imaginei indo de kombi comer num PF.

Eu: É quem sabe.

J: Onde você gosta de ir, o que gosta de fazer?

Eu: Então, almoçar é bem complicado pra mim. Mas a gente vê isso outro dia.

J: Então eu te ligo quando voltar do feriado. Ai a gente vê onde nóis vai.

Isso mesmo minha gente, eu nã escrevi errado, foi ele quem falou: ... onde NÓIS VAI

Pra mim foi o fim. Nem sei como terminou o assunto. Só sei que depois ele tentou ligar algumas vezes e eu não atendi. Até que um dia, sem olhar pra bina eu atendi. Deixei claro que eu vi que ele ligou das outras vezes e que não retornei e sabe o que ele disse?

J: Pensei que tivesse acontecido alguma coisa ou tivessem roubado seu celular.

Gente, ele prefere achar que eu morri, do que aceitar que eu não retornei a ligação.

Bom, ele ficou de ligar novamente, mas acho que ele se ligou e não cometeu esse erro.
Espero que essa piada acabe por aqui.

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