Trânsito pode ser BOM

Semana passada sai correndo e mais cedo aqui da agência para chegar a tempo em um compromisso do outro lado da cidade. Pois bem, encarei o trânsito mesmo com toda a chuva que estava caindo naquele dia. Demorei 1 hora da agência até a 23 de maio, o que normalmente levaria 30 minutos.

Já estava com aquele bode do trânsito quando noto um “mocinho” no carro ao lado tentando algum tipo de comunicação. Me fiz de morta! Continuei no anda e para sem nem colocar segunda marcha, quando notei ele já estava na pista do meu outro lado, quase batendo o carro pra chamar minha atenção e mostrava o celular.

Eu, com minha total falta de noção, logo imaginei que tinha deixado o celular cair pela janela do carro e ele estava sendo gentil em me avisar. Mas, para minha surpresa, meu celular estava no banco do carro e inteiro. Resolvi então dar atenção ao moço, saber o que ele queria, apesar de que ai, mesmo com toda minha falta de noção, eu já tinha sacado que era uma tentativa de contato com minha pessoa.

Passei bem devagar ao lado dele (o que naquele trânsito não era nada difícil), que pediu pra eu baixar o vidro. Não titubiei. Abri o vidro e ele foi direto: “Te achei tão bonita. Não tem 2 minutos pra gente se conhecer?”. Claro que eu disse não. Vai que ele fosse assaltante, ladrão de rim que deixa as pessoas em banheiras de gelo com o telefone do lado e um bilhete?! Andamos mais um pouco, ele sempre parando o carro do meu lado, insistindo em me conhecer, até que pediu meu telefone. Achei sensato passar o número pra ele, afinal, o máximo que poderia acontecer seria ele repassar o número ao PCC para que me passassem trotes pedindo resgates, mas eu jamais cairia nisso, pelo menos não cai nas duas vezes que tentaram.

Ele continuou sendo simpático parando ao meu lado e fazendo gracejos. Depois ele entrou sentido centro e eu segui para meu caminho. Imaginei que a atitude certa seria ele me ligar na mesma hora, mas ai lembrei que nem todo mundo é louco e insano como eu e relaxei.

Segui a vida normalmente, inclusive nem lembrava mais que ele ligaria, tinha usado esse fato apenas como um estimulo a minha auto-estima, quando ontem, ou seja, exatamente uma semana depois, meu telefone toca, com um número que não conheço e ao dizer Alô, ouço do outro lado “Oi Fernanda, é o Carlos, o cara que pegou seu telefone na 23 de maio”. Confesso que achei aquilo hilário, mas respirei fundo e fui simpática. Conversamos um pouco e ele pareceu bacana. Ficou de ligar novamente essa semana. Vamos ver o que rola. Saquei que ele quer combinar de sair o quanto antes, mas na boa, primeiro preciso reconhecer território, afinal ele pode ser um serial killer que se interessa por mulheres de cabelos castanhos com as pontas loiras e que dirigem carros vermelhos ... ahahahahahah

Bom, vejamos se esse desenrolar vai ser um post para o Minha Vida é Uma Piada, ou se ele vai pro hall dos Palhaços da Minha Vida.